quinta-feira, maio 25, 2006





NO DIA
Investir ou desistir


Na sua residência oficial de São Bento, José Sócrates, apresentou hoje ao líder do Governo do Estado alemão da Baviera, Edmund Stoiber, o conjunto de reformas em curso em Portugal (em particular nos sectores da justiça, segurança social e educação). O primeiro-ministro manifestou ainda o interesse de Portugal em captar mais investimentos alemães. Stoiber deslocou-se a Portugal para participar numa cerimónia em Vilamoura, destinada a anunciar o país organizador do Campeonato do Mundo de Esqui em 2011.

Três das maiores multinacionais sedeadas na Baviera têm investimentos relevantes em Portugal, caso da Siemens, da EPCOS (joint-venture germano-japonesa) e da Infineon. Segundo os dados do executivo de Lisboa, os investimentos em Portugal daquelas três empresas de electrónica com sede na Baviera «são responsáveis por um quarto das exportações nacionais para a Alemanha».

Respigo esta notícia das Notícias do Google, que, como é habitual, é um repositório e uma montra do se passa no Mundo e em especial e naturalmente no nosso País. A edição de hoje, 25 de Maio, está cheia de informação sobre Portugal a que tento dar algum seguimento.
O interesse de Lisboa no investimento estrangeiro (que vem de longa data) justifica-se plenamente. O exemplo da Auto-Europa é paradigmático. Se a nossa balança comercial já é o que é, o que seria sem a fábrica de Palmela?

Só que esta verdadeira ânsia não é exclusiva de Portugal. Maioritariamente pelo orbe há guerras tremendas para a maioria dos países (mais ou menos pobres) obtenha investimentos dos ricos. Muitas vezes, a que preço... Se dúvidas houvesse, o caso da abortada refinaria de Sines, anunciada anteriormente com pompa e circunstância é suficiente. As exigências a posteriori de Patrick Monteiro de Barros serão tranquilamente encaixadas por outras terras onde o respeito pelo ambiente é... menos interessado.

De qualquer forma, Sócrates, Manuel Pinho, Basílio Horta e muitos outros (estes são, tão só, as faces mais mediaticamente responsáveis) fazem aquilo que lhes compete. Com maiores ou menos esperanças. Ou assim, assim. Isto é que vai uma crise. Toda a gente está confrontada, hoje e aqui com um dilema complicado: em Portugal – investir ou desistir?
A.F.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu cá penso que o nosso governo tem razão, mas é muito dificil trazerem mais pilim alemão. Eles querem é bazar. A opel vai sair da Azambuja, a Volkwagem de Palmela não tarda. Mesmo assim, estou com o engenheiro Socrates. Os gajos que lá estiveram antes foram umas nolidades. Não fizeram nadinha. Este governo sim. Mas há muita malta da alta que os quere tramar. Força senhor Primeiro Ministro. Dê-lhes.

Anónimo disse...

Ex.mº Sr.
Quero dizer-lhe que estou de acordo. Portugal, o nosso Portugal, precisa de gente que queira investir. Mas, primeiro que todos, os portugueses é têm de fazê-lo. Ainda ontem na RTP o Engenheiro Belmiro de Azevedo dizia isso. E ele é o maior...

Anónimo disse...

So para ajudar, uma adivinha
Uma que é uma Alcoolica.
É uma dor de barriga arabe