quinta-feira, maio 18, 2006

REGISTO

O Brito gráfico


Quando menos se espera, um homem não se precata e cai-lhe um senhor à frente, que se descobre que pode ser um Amigo. Desconfianças - há muitas. Gato escaldado... Mas, tem dias em que acontece que o acaso ou a sorte se encontravam virados para o lado esquerdo, que é o meu, e acontece que sim. Do poder ser ao tornou-se não é muito longe. Basta que se queira.

O João de Brito é um caso paradigmático. Dono da Britográfica, self made man, é um lutador que a princípio não se afigura muito simpático. Mas é pura ilusão. Profissionalão, exigente, picuinhas, perdeu a virgindade tipográfica no IPE, que considera «uma grande escola da vida». Ao que acrescento – e do resto. Tal como indica a denominação da sua empresa, o gajo é um militante da grafia.

Foi há pouco tempo que nos conhecemos. Quem nos aproximou? A revista da OROC, «Revisores & Empresas», até agora produzida pela Astralon do meu velho Amigo Aparício. E se, de início, o João me olhou com um cenho carregado de suspeitas, uns dias de contacto profissional deram cabo dessa interrogação. Descobriu, descobrimos ambos que falávamos a mesma linguagem – e já está.

O registo que aqui se faz tem, no mínimo, duas componentes e um só objectivo. Este último: fazer uma publicação de seu nome «Revisores & Empresas» o melhor possível. As duas primeiras: saber acertar agulhas e respeitar mutuamente aquilo que cada um possui e que, em conjugação leva a que se alcance o desiderato. É fácil. Daí o resultado: uma Revista, a primeira produzida na Britográfica que saiu bem; ou melhor, muito bem. E o principal culpado, sem atenuantes, foi o João de Brito.

É fácil com homens como o Brito. Bem merece que aqui se exare esta anotação. Temos, realmente, muito mais coisas em comum do que as que nos separam, como diz o Rui Veloso. Estas últimas, ainda as buscamos para as quantificar e sabermos com o que podemos contar. Ó João, tome lá uma bacalhauzada.

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