terça-feira, janeiro 24, 2006

Camilleri: a descoberta

As coisas são o que são. Se assim não fosse, era o grande bocejo. Mesmo sendo assim, a vontade de escancarar a boca com a corresponde emissão sonora e sem se colocar a mão à frente, sem nenhuma pudícia, bastas vezes é tão desvairada que se pode dizer que bocejar alivia o intumescimento. Qual? Não vem ao caso, nem acrescenta o que quer que seja a este escrito. Como ultrapassar este niilismo de pacotilha? Como conviver com a crise? Como aceitar os resultados eleitorais? Descobri a receita.Tenho andado a ler o Andrea Camilleri. Não fora a proverbial oferta do meu filho Luís Carlos, pelo meu aniversário, de «O ladrão de merendas» e creio que nunca chegaria a este fantástico italiano, agora com 81 anos, que a partir dos anos oitenta passou a dedicar-se à escrita – e de que maneira. Os seus romances policiais com o comissário Montalbano como protagonista são um primor. Tem em seu poder diversos prémios literários. Merece-os.
A Difel 82, editora da nossa praça, na sua colecção Literatura Estrangeira, é a responsável máxima por estas prodigiosas aventuras dum siciliano na Sicília, paridas por um… siciliano. Camilleri planta os seus personagens com Savo Montalbano à cabeça em Vigàta, inventadíssima localidade, a par com as estórias que elabora.No entanto, acabo agora uma obra que considero mais do que prima: é tia, é mãe, é pai, é a família toda e adjacentes. Chama-se «A Concessão do Telefone», que, desta feita é dada à estampa pela Presença. Ambas as editoras são as culpadas da presença do siciliano escriba no nosso País. Este último livro não é de enigmas, muito menos de mistério a detectivar. É um exemplar magnífico, um encadear de situações, escritos, acontecimentos, ligações suspeitas e por aí adiante.Fez-me rir a gargalhadas. Mas, por igual, obrigou-me a pensar sobre questões tramadas, com a necessária e óbvia seriedade, A ironia venenosa que enforma as suas páginas é um verdadeiro milagre literário. Um tsunami de crítica impiedosa, sem nunca ela ser, sequer, enunciada. Mas que está em todas as linhas de todos os períodos de todos os parágrafos de todos os capítulos. Li-o em duas noites – mas podia ter sido apenas uma. Não aconteceu. Ainda bem. Frui dele mais umas boas horas nocturnas.Camilleri usa como cenário sempre a Sicília – que, assim, se torna omnipresente nas suas linhas preciosas. E com isso, naturalmente, temos a Máfia. Também omnipresente. E os criminosos. E os políticos. E os jornalistas. E os intriguistas. E os outros. E Montalbano gerindo, deglutindo, salivando as personagens para que elas o alimentem e nos alimentem.Se quiserem passar umas horas, tantas quantas acharem necessárias, façam o obséquio de ler este «jovem autor» com lugar cativo no Parnaso sem necessitar de passe para a terceira idade, muito menos de bilhetes pré comprados. É o caso, tal como a pescada ou o vestido que antes de o serem já o eram. Quanto mais tarde Andrea Camilleri se apear na última paragem – melhor. Mas nem precisa de chegar: já lá está.
Antunes Ferreira
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NB – Para contactos com as editoras podem usar-se os seus mails:

Difel 82 – difel@difel.pt

Presença – info@editpresenca.pt

domingo, janeiro 22, 2006

REGISTO

PR – Cavaco em Belém


Portugal tem um novo Presidente da República – Aníbal Cavaco Silva. Eleito sem margem para grandes dúvidas à primeira volta das eleições de hoje, domingo, 22 de Janeiro de 2006. Pela primeira vez, depois de 25 de Abril de 1974 (recordam-se da data? Dos acontecimentos? Há muitas dúvidas? Parece…) a Direita tem um representante em Belém. C’est fini.

Para a Esquerda – na qual me incluo desde que me conheço politicamente – o desaire é lamentável. Não é um desaire: é um desastre. Não foi capaz de ultrapassar guerras do alecrim e da manjerona. Perdeu. Porém, não vale chorar sobre o leite derramado. Não se pescam trutas com bragas enxutas, diz o Povo. E nem vale a pena vir com a alegação calina: perdeu-se uma batalha mas… Meus Amigos. Perdeu-se a guerra.

Cavaquistão se chamou durante dez anos a este País. Agora, teremos a reedição, quem sabe se corrigida e aumentada. O recém-eleito Chefe do Estado irá «ajudar» (não se sabe a quem…) a salvar a Pátria. Donde, já temos mais um «salvador da dita». Já houve tantos… Da bruma saiu-nos um professor a quem o dr. Jardim chamou o sr. Silva. Dom Sebastião morreu em Alcácer Quibir. Cavaco voltou. Quem foi que ganhou???...

Antunes Ferreira

quarta-feira, janeiro 18, 2006


TU CÁ, TU LÁ

O meu cunhado Armando, de apelido Fernandes, dá-me, as mais das vezes, alegrias e das grandes. É um sujeito bem apanhado, o dito cujo. Sediado no Québec, mais precisamente em Chateauguay, e já há uns bons anos, continua intrinsecamente português. Dêem-lhe as voltas que pretendam dar-lhe – e que ele permita, pois é homem de convicções e força – e lá volta ele ao leit motif que lhe é o mais caro: as cores verde-rubras, com tudo o que daí advém.
Um jovem com 66 anos (ou…, diz tu ó mano), verdadeiro sábio informático, é companheiro de largas lides e de longo tempo. Tenhamos as diferenças que tivermos, sempre nos entendemos – e perfeitamente. Aliás, como diz o Chico Fininho, é muito mais aquilo que nos une do que o que nos separa. Isto, apesar dos quilómetros atlânticos que se resolvem num fósforo, a jacto.
Se eu quisesse dar exemplos disso mesmo, não me chegariam os dedos das mãos, dos pés, os do macaco ascendente, inclusive os do nosso primeiro quase matricida de Guimarães.
Deixem-me que abra aqui uma parentética que creio oportuna. Não fora essa ideia peregrina de bater na mãe, a Dona Tareja, e provavelmente ainda prestaríamos os nossos respeitos a Don Manuel Fraga Iribarne. Donde, há que reconhecê-lo, este rectângulo à beira-mar plantado teve uma inauguração bem pouco edificante. Diria até: pior só um espectáculo de wrestling televisado. Opinião sujeita a contestação.
Pois, desta feita, o moço Fernandes (que é um exemplo exemplar de colaboração neste travessadoferreira.blogspot.com) comentou e bem o artigo do «Almirante» Marcelino, o González, galego dos sete costados, meio irmão - que deveria sê-lo em full time. Outra opinião sujeita a contestação. Interpolo uma nova ideia: cada vez me convenço mais de que quem deveria ter sido defenestrado era o João Pinto Ribeiro. E aplaudido o pobre do Miguel de Vasconcelos. Endeusado, mesmo.
Entre Fernandes e González ou vice-versa há um traço de união: o mar. Além disso, ambos se dão ao luxo de saber o que é a Barra da Figueira, naturalmente da Foz. Faróis, pescadores, camisas aos códradinhos, coisas dessas que fazem os homens conviver, comungando. E não se trata aqui de hóstias ou paramentos eclesiásticos. Refiro-me à comunhão fraterna, feita de cumplicidades e afectos, de trocas de ideias e de pensamentos, de livre alvedrio e, mesmo, de felicidade.
Por isso que me desculpem do choradinho: ó Armando primeiro, recebe mais um abração do Armando segundo. «Só nós dois é que sabemos»? Se calhar, não. Mas, «quanto nos queremos bem» é, alem de profundamente verdadeiro, o reconhecimento do que tens dado ao travessadoferreira.blogspot.com.

Antunes Ferreira

sábado, janeiro 14, 2006

TEM DIAS

Uma vez mais – um êxito


Fui, uma vez mais, ao Politeama. Em cena «A canção de Lisboa». Uma vez mais, o La Feria. Uma vez mais, um êxito. Desde o «Passa por mim no Rossio» só falhei uma (vez mais?): «A Rainha do Ferro Velho». Nunca saberei o porquê desta ausência. Por me recordar a Laura Alves? Mas, desta feita, as lembranças ainda eram maiores – e acumuladas: a Beatriz Costa, o Vasco Santana, o António Silva, até mesmo o Santos Carvalho & companhia ilimitada… Ná, não foi por mor das meninges inflamadas. Uma vez mais, tenho de confessar – não faço a mínima ideia.

Este Filipe não dá tréguas, mas dá cartas. Uma vez mais. Pode-se não gramar o tipo. E então? Não será por isso que se lhe tira o mérito, uma vez mais. Ir ao teatro das Portas de Santo Antão é tiro e queda. Uma vez mais a apoteose de um génio criador no domínio do musical, uma vez mais a reminiscência do teatro de boulevard, num primor de aggiornamento do director artístico, encenador, autor, domador de actores, incontornavelmente o mais brilhante desta geração.

Não gosto de génios. Das pessoas, friso. Da Callas ao Einstein, do Rembrandt ao Charlot, do Da Vinci ao Beckenbauer, do Rodin ao Beethoven ao Gates. Se algum dia – hipótese mais do que remota, absolutamente impossível – me convidassem para integrar a Associação Internacional deles, recusaria terminantemente, mesmo que me dispensassem do pagamento da jóia…

Neste última comparência no Politeama, estreei-me logo ao marcar do ponto: La Feria estava à porta, autografando os cinco euros do programa. Foi a boa altura para o rever. Ele, do alto da sua genialidade; eu do ínfimo da minha mediocridade. Para se completar o quadro só faltava o Chico Orta, irmão dele, desenhador e amigo, desde a infância comum no Restelo. Aproveito: um abração, Chico.

O génio condescendeu e lá me rabiscou a capa a vermelho. Uma dedicatória à D. Raquel e ao Ferreira. Mas, instantaneamente, a correcção – intercalou um Sr. garatujado. Deixa lá, génio. Que eu me lembre dos anos mais próximos só não comete erros o dr. Cavaco, que nunca se engana, disse ele. Filipe não me reconheceu. Não tinha, aliás, obrigação de. Nem do tempo mais chegado do Diário de Notícias. A memória, tal como a carne, é fraca. Acontece.

Adiante. No final vinha, uma vez mais, satisfeito, contente, feliz. Há génios, quase sempre com mau génio, a quem se perdoam algumas, poucas, coisas. Ao La Féria, perdoa-se o mau hálito pelo que produz. «A Canção de Lisboa» de agora, herdeira da inspiradora homónima, do José Galhardo, dos Rauis Ferrão e Portela, é mais um êxito laferiano. Uma vez mais.

Antunes Ferreira

terça-feira, janeiro 10, 2006

REGISTO

O meu Amigo Comandante Marcelino González, oficial prestigiado da Armada de Espanha, galego como os que são - e, para mim, que já o promovi na amizade, na estima, na consideração e na minha iconoclastia, o Grande Almirante das Rias Baixas - companheiro de deserto tunisino et aliud, pois o Marcelino mandou-me este pedaço de prosa sobre farois e sêlos postais. Não me «ordenou» que o publicasse aqui. Ai dele, se o fizesse. Mas, digam-mo depois em comentário que espero, não seria homem de uma só face se o não fizesse. Portanto, ele aqui vai. A. F.


Filatelia y mar

Volver al Canal


Faros con historia

Hay muchos lugares que ofrecen excelentes oportunidades para dar un buen paseo, como son los entrañables y solitarios parajes de la costa coronados por faros, desde donde se puede contemplar la inmensidad del mar con su siempre cambiante aspecto. Son lugares que invitan al disfrute del entorno, al descanso y a la meditación. Y son puntos de anclaje de torres de muy variadas formas pero con la misma finalidad: ayudar al navegante. Los faros ayudan a los barcos, y los guían con sus luces por la noche y con sus formas por el día. El faro es un amigo que saluda al marino cuando recala en la costa y le despide cuando se aleja. Y es también amigo de la gente de tierra firme, que por una parte confía en él para que guíe a sus parientes y amigos que trabajan en la mar, y por la otra ve en él el fin de lo conocido - la tierra -, y el comienzo de lo desconocido y misterioso - la mar -.

Posiblemente fueron las mujeres las primeras que encendieron fuegos en los acantilados para orientar a sus hombres que trabajaban en la mar. Ya en el siglo VIII antes de Cristo, había construcciones primitivas por las costas del Mediterráneo, con fuegos que además de luz para la noche, producían un humo muy denso, visible de día a largas distancias. Los fenicios y romanos construyeron los primeros faros fijos por el Mar Negro, Mediterráneo, y Atlántico hasta Bretaña. Pero las invasiones de los bárbaros, la caída del imperio romano en el siglo V, y el azote vikingo, redujeron considerablemente la navegación y el comercio por mar, y se dejaron de construir faros. Para ver nuevas construcciones hubo que esperar hasta el siglo XII, en que la reactivación del comercio resucitó la navegación, sobre todo en Italia, Francia, países escandinavos y Alemania. Aparecieron monjes que mantenían encendidos faros, construidos de forma altruista por ellos mismos Otros en cambio, eran construidos y regentados por particulares, que cobraban por sus servicios a los barcos que los utilizaban como guías para entrar en puerto.

También aparecieron falsos faros; luces puestas por ladrones y piratas en lugares peligrosos para la navegación, que ocasionaban el naufragio de los barcos que se habían fiado de ellas, y representaban una fuente de ingresos para los desalmados "fareros". Con el aumento de la navegación se incrementó la construcción de faros, que tuvo un gran empuje en el siglo XVIII y continuó en los siglos siguientes, para llegar a la gran cantidad de torres que hoy aparecen repartidas por todas las costas. España sin ir más lejos, cuenta con unos 190 faros de cierta entidad. La procedencia de su luz varió con los años: madera, velas, aceite, carbón, petróleo, electricidad, energía solar, e incluso energía nuclear. Con el tiempo recibieron cristales, espejos, lentes, etc., para aumentar su rendimiento y alcance, y la atención diaria que en principio requerían ha ido desapareciendo en aras de la automatización, con lo que la solitaria y romántica figura del farero tiende a la extinción.

Por otra parte, los faros aumentan continuamente sus capacidades con otros artilugios, para hacerlos mas completos en aras de una navegación mas segura (sirenas, bocinas de niebla, repetidores radar, sistemas de navegación, indicadores de dirección y velocidad del viento, estaciones meteorológicas, sistemas de comunicaciones, etc.). Hubo y hay faros con una gran historia, carismáticos y con personalidad propia por su origen, pasado, tamaño, situación, vida, leyenda,... que han sido motivos de sellos de correos, como los que cito a continuación. El Faro de Alejandría fue una esbelta torre de unos l00 metros de alto, construida sobre una base de piedra, con una plataforma en la parte superior en la que por las noches ardía resina y leña. Fue construido por orden del rey Ptolomeo II en la pequeña isla de Pharos - de donde procede el nombre de "faro" -, a la salida del puerto de Alejandría. Obra del arquitecto griego Sostratos de Cnido, se terminó de construir hacia el año 283 antes de Cristo. Fue el primer faro real del que hay constancia histórica, y estuvo considerado como una de las siete maravillas del mundo antiguo. Se mantuvo en pie durante casi mil años, hasta que en el 700 de nuestra era lo destruyó parcialmente un terremoto. Otros terremotos ocurridos entre 1302 y 1394 lo redujeron a ruinas. Muchos de sus restos desaparecieron bajo el agua, y en el año 1480 se construyó en su lugar una fortificación. A finales del siglo pasado, los arqueólogos localizaron sus restos sumergidos. Apareció en sellos de Egipto y de otros países.

El Coloso de Rodas fue una enorme estatua de bronce, que al parecer tenía un pie asentado a cada lado de la bocana del puerto de Rodas, y con la luz de la antorcha que sostenía en una de sus manos guiaba los barcos. Dedicado a Helios, dios del Sol, fue diseñado por el escultor Chares. Se terminó de construir sobre el año 271 antes de Cristo, y fue considerado otra de las siete maravillas de mundo antiguo. Se calcula que podía medir unos 30 o 40 metros de altura y pesar unas 70 toneladas. Lo destruyó un terremoto en el año 224 antes de Cristo. Se dice que los restos que permanecieron a la vista, fueron vendidos como chatarra a un comerciante judío a mediados del siglo VII de nuestra era, con lo que desapareció todo vestigio de aquel coloso. Ha sido reproducido en sellos de muchos países, entre ellos Grecia.

La Torre de Hércules, situada a la entrada del puerto de A Coruña, es el faro en funcionamiento más antiguo del mundo. Es uno de los más importantes de España, y es también una magnífica atracción turística. Lo levantó Caius Sevius Lupus en el siglo II de nuestra era, y desde entonces ha permanecido en su sitio como guía de la navegación. Hecho de piedra, ha sufrido diversas remodelaciones, la última en el 1847. Tiene una altura de 48,5 m. Cuenta la leyenda que Hércules vino a la Península Ibérica a robar los bueyes del monstruo Gerión, y cuando consiguió su propósito se fue a descansar a la esquina noroeste de la península, donde parece que la vida le fue tan bien, que como recuerdo levantó la gran torre que lleva su nombre. Apareció en un sello de España como parte integrante del escudo de A Coruña, con una calavera a sus pies, que es la de Gerión.

El Faro de Eddystone es el más antiguo de Gran Bretaña, y continúa en servicio tras varias reconstrucciones. El primer faro, de madera y piedra, levantado sobre una pequeña roca que quedaba cubierta con la marea alta, empezó a funcionar en 1698, se reforzó con metal en 1699, y fue barrido por un huracán en 1703. En su lugar se inauguró en 1709 otro de granito y madera, que ardió en 1755. Entonces se encargó el tercer faro al ingeniero John Smeaton, que lo construyó como una prolongación hacia el cielo de la roca de la base. Fue inaugurado en 1759, y esta vez fue un éxito que se copió en otros lugares. Pasados 125 años estaba como nuevo, pero la roca de su base se desintegraba y no podía soportar su peso, por lo que se construyó un cuarto faro en sus inmediaciones, y el tercero se desmontó piedra a piedra para ser reconstruido en Plymouth, donde continúa en servicio. Apareció en una serie de Gran Bretaña, conmemorativa del 300 aniversario de su inauguración.

El Faro de Utö es el más antiguo de Finlandia. Fue construido en 1753 en la isla de Utö, en la parte norte del Báltico. Originalmente era una torre redonda troncocónica de piedra, con dos luces independientes, como aparece en un sello finlandés, conmemorativo del 250 aniversario de la fundación de la institución finlandesa de prácticos y faros. La luz de la linterna, en la parte superior, era a base de velas y aceite. La otra, era una luz exterior adicional de carbón, suspendida de una cesta metálica en un lateral del faro. Ha sufrido dos grandes reformas en su estructura, en 1814 y en 1859. Se adaptó a los tiempos modernos, y en 1953 celebró su bicentenario.

El Faro de Cabo Hatteras se levantó en 1870. Es el faro de ladrillo más alto de los Estados Unidos. Mide 60 m., que con la superestructura metálica para la linterna alcanza los 70 m. de altura. Sufrió diversas reparaciones por desperfectos debidos a la meteorología. Construido originalmente a unos 460 metros del agua, la mar fue comiendo la playa y amenazó su integridad, por lo que en 1999 se trasladó tierra adentro. Hoy es también una atracción turística, fácilmente reconocible por ser una torre alta, estilizada y con bandas pintadas, que desde la base a la cima la envuelven en diagonal, como se puede ver en un sello de Estados Unidos. Por esas bandas hoy es conocido como "el mayor anuncio de barbería del mundo".

El Faro de Calella es una bella construcción, levantada sobre un promontorio rocoso de unos 50 metros de altura a la entrada de la población. Su luz alcanza 30 millas, y desde 1916 se alimenta con electricidad, habiéndolo hecho antes con aceite, parafina y petróleo. Es uno de los faros más importantes de la costa mediterránea española. Fue inaugurado el 15 de diciembre de 1859, ha estado en servicio desde entonces, y se convirtió en el símbolo de la ciudad que le da nombre. Es también un punto de visita obligada para el paseante, ya que ofrece unas vistas inmejorables de la población y su playa. Apareció en un sello español de 1986.

El Faro de San Juan de Salvamento fue inaugurado por Argentina el 25 de mayo de 1884. Levantado sobre un promontorio de 70 metros de altura en la Isla de los Estados, era una estructura de madera de forma poligonal. Fue inmortalizado por Julio Verne en "El Faro del Fin del Mundo", y estuvo en funcionamiento hasta 1902, en que las inclemencias del tiempo lo dejaron fuera de servicio. En 1994, el francés Andre Bonner, de La Rochelle, decidió reconstruirlo, y en l997 comenzó el premontaje de un faro idéntico, que en dos meses quedó listo y en funcionamiento en San Juan de Salvamento. En la Pointe des Minimes, en La Rochelle, se construyó otro igual, que fue inaugurado el 1 de enero del 2000, fecha en que Francia emitió un sello en el que aparecen ambos faros.

La Estatua de la Libertad fue un regalo de Francia a los Estados Unidos en el centenario de su independencia. Se levanta en la isla Libertad, en el río Hudson (Nueva York), y en sus comienzos también fue faro. Con una estructura de acero revestida de cobre y un peso total de 100 toneladas, representa a una diosa Libertad de 46 m. de altura, sobre una peana de piedra de 47 m. de alto. La diseñó el escultor alsaciano Fréderic-Auguste Bartholdi, y Gustave Eiffel realizó los cálculos de su estructura. Se terminó de construir y se encendió su antorcha en 1886, y en 1887, la Ilustración Española y Americana comentó que creaba graves problemas a las aves migratorias, que se estrellaban al ser atraídas y deslumbradas por su potente luz. Más adelante fue declarada monumento nacional, y es motivo de gran cantidad de sellos, sobre todo de los Estados Unidos.

Marcelino González

(Nota: Artículo publicado en la Revista “Crónica Filatélica”. Enero de 2004)

domingo, janeiro 08, 2006


travessadoferreira.blogspot.com

COMENTÁRIOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Amigos

Já podem escrever os vossos comentários directamente no meu blog. Está aberto, a partir de agora.
Basta carregar no título do texto que quiserem comentar – e adiante!
Infelizmente, não podem publicar fotos, etc. As minhas desculpas, mas a lei é a lei…



Desde este momento ya pueden publicar comentários directamente en mi blog. Lo he abierto.
Es suficiente hacer clic en el titulo del texto que quieran comentar – y ¡adelante!
Desgraciadamente, no se puede publicar fotos, etc. Les pido perdón, sin embargo la ley es la ley…

Après ce juste moment vous pouvez mettre vos comentaires dans mon blog. Je l'ai ouvert.
Il suffit de faire clic sur le titre du texte que vous voulez commenter – allez y, les gars!
Malheureuxement on peut pás publier des photos, etc. Je m’en excuse, mais la loit est la loi…

Since this exact moment you can publish without any problems your comments in my blog. I opened it.
It’s easy. You had, only to click the title of the text you want comment – and go strait!
That’s a petty, but you can’t publish photos, etc. Sorry, but law is law…

Antunes Ferreira

sábado, janeiro 07, 2006

RI-TE, RITA

Olhó passarinho


E há, ainda a estória do motociclista que acelerava a sua Kawasaki pela estrada foram, vrooooooooommmmmmmmm, vrrrrooooooommmmmmmmm, o capacete, apesar de bem apertado quase lhe saltava da cabeça. Descia um nevoeirozinho, uma névoa, pouco mais e os óculos do acelera orlavam-se de pequenas pérolas, do frio ou do suor.

Nisto, um pobre passarinho vem voando um tanto baixo e zazzzzzzzz, é apanhado pelo motociclista. «Que se lixe o passarinho…»… Mas, 687,63 metros mais à frente, a consciência falou mais forte. O nosso homem, fez inversão de marcha, não vinha ninguém, e ei-lo que chega junto ao passarinho caído no asfalto. Apalpa o inocente e descobre que está quente – tanto quanto o ar frígido lho permite – mas, sobretudo que a pequenina máquina cardíaca bate e o peito reflecte o papel dos pulmões.

Pega no passarinho, tadinho, embrulha-o na camurça de limpar a máquina e segue para casa. No caminho, compra uma gaiola bué de fixe. Já em casa, mete o passarinho ainda desmaiado na gaiola, vai buscar um pires de água e, como de alpista, nem pó, desmiola um pouco de pão - «assim o animalito sempre come alguma coisa…»…E vai para a sala ver a TVSport.

Daí a nada, o passarinho entreabre o bico, agita a cabecinha, os olhos descerram-se e põe-se em pé nas patitas. Olha à volta – «mas onde que estou?» E, logo: «Grades? Pão e água?? Porra! Será que eu matei o motociclista???????....»??????

quinta-feira, janeiro 05, 2006

RI-TE, RITA

A vingança do chinês



Um chinês entra num bar em Nova Iorque onde está a beber uns copos o Steven Spieberg. Quando vê o realizador, pensa logo «Olha o Spielbelg! Gostava de o conhecel»...
No entanto, quando o conhecido cineasta passa pelo oriental, vira-se para ele e espeta-lhe um valente murro na tromba... Isto, sem aviso prévio, nem pouco mais ou menos!
«Então?!? Mas que tlampa é esta? - pergunta o chinês, levando as mãos à fronha muito amarrotada.
E o Steven com um vozeirão: «Vocês, fdp japoneses, mataram o meu avô quando bombardearam Pearl Harbour»!!!...
«Mas, ó senhol eu nem sequel sou japonês. Sou chinês...»
«Chineses, tailandeses, japoneses... Para mim é tudo a mesma merda!!!» arrota o Spielberg que já se ia embora. Nisto, o chinês chega-se ao pé dele e dá-lhe com uma cadeira no alto do cocoruto. Ganda cadeirada!!!
«Porra!?!? Que gaita é esta???» pergunta o Spielberg esfregando energicamente o alto do crâneo bastante amassado.
«Estúpido amelicano! Ganda sacana! Tu mataste a minha avó quando afundaste o Titanic»!!!!!!! O realizador, pior que um broncosaurio muito bronco: «Mas eu não afundei o Titanic. Nem pó. Foi um iceberg»...
«Icebelg, Calsbelg, Spielbelg... Pala mim é tudo a mesma melda»!!!!!!!

Antunes Ferreira

Com a prestimosa colaboração do meu akuñado Raul Palhau raulpalhau@hotmail.com fornecedor indómito de anedotas, blagues, piadas, chistes & correlativos. Verdadeira cadeia de produção. Bravo! Agradeço-te a remessa constante e a paciência de me aturares. Kyppis*
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* obrigadinho em finlandês, éokeu te desejo.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Que será preciso???????????


O que será preciso para que a malta amiga, os amigos da malta amiga, os amigos dos amigos da malta amiga, os amigos dos amigos dos amigos da malta amiga escrevam neste espaço que é vosso?????
Não sei bem o que faça. Suicidar-me?... Nem pó!!!!!!!!

Bom, vou continuar à espera, com toda a paciência do Mundo & arredores. É como o Sporting - que também é o melhor do Mundo & arredores. Já está

Henriquinho, o Desesperado da Lapa
Tudinho


As coisas são o que são. Não se pode ter tudo, ainda que quiséssemos alcançar tudo. O tudo é como a última bola de snooker. Só quando entra é que acabou o jogo. O tudo é como uma redoma de cristal puro absolutamente transparente. Está lá, qual elmo protector invisível, mas só se dá conta dela quando se parte. O tudo é um absurdo inatingível. Será???
A que vem este arrazoado? Pois, meus Amigos, voltando do Hospital de Santa Maria onde está internado o meu irmão (chamam-lhe cunhado, mas eu não) Luís Gonzaga Alcântara de Melo, Lulocha prós familiares & adjacentes, após uma visita encorajadora – o rapaz, aliás da minha idade, 64, aqui e na Moita, já come manjares de gente – dei por mim a pensar nisto tudo.
Pronto. Lá vem o tal tudo. Tudo leva a que tudo me passe pelo cristalino bestunto. Se calhar sem razão, pois tudo é relativo. Mas, c’os dianhos, acima o tudo era tudo, agora tudo é relativo.
Tudo bem. O mais importante é que, apesar da traqueotomia, o nosso Lulocha já recomeçou a dizer coisas – a falar! Baixinho, mas a falar. Deu um pequeno passo em frente. Mas, como diria o Amstrong ao pisar o solo lunar, é um passo que tem uma dimensão tal que abarca tudo. Tudo, mesmo. Tudinho.

Antunes Ferreira

domingo, janeiro 01, 2006

Ano Novo? Vida Velha

Pronto. Já estamos em 2006. Que raio de tempo é o tempo, não se atrasa, não se adianta, não engana qualquer folha de calendário que se preze, não olha para trás, enfim, não é simpático porque nos leva a caminho do forno crematório. Mas, que se lhe há-de fazer? Os 365 dias – nos anos bissextos 364 – caem quotidianamente à meia-noite e logo se lhes seguem, sem microns a intervalá-los os outros. Não há apelo nem agravo que os mude.
E, como nasceu este estado de coisas?
Ora bem. Hoje utilizamos o Calendário Gregoriano. Ao fim de uma catrefa de outros, mais ou menos históricos mas sempre inexoráveis. O actual é o que se utiliza na maior parte dos países ocidentais Foi promulgado pelo Papa Gregório XIIIa 24 de Fevereiro de 1582 para substituir o Calendário Juliano, seu antecessor Cinco anos de estudos, discussões, acerta daqui, emenda acolá, há dias a mais – corta! – e, finalmente, o inevitável: oficialmente, o primeiro dia deste calendário foi 15 de Outubro do mesmo ano de 1582.
O povinho ficou um tanto aparvalhado. Mau, com tanta mudança e confusão, como iria saber os dias de cada mês e essas chatices todas? E, como sempre, prático até mais não, pariu não uma, mas múltiplas menmónicas. Da que o autor mais gosta é a que reza: "Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro. Fevereiro vinte e oito tem. Se for bissexto, mais um lhe prantem. E os mais que sete são, trinta e um todos terão". Versão portuguesa com copyright. O Google é uma maravilha; erudição e cultura a todo o tal desgraçado tempo.
E voltamos ao 2006 que apenas tem umas horitas. De fraldas (descartáveis?) o mafarrico ainda nem é gente: é tempo. Já permite atrocidades, catástrofes, guerras, doenças, tsunamis, crimes, tal como o que morreu de velho e todos os outros. Uma desgraça permanente. E quanto a factos, a procedimentos, a causas, a acontecimentos bons? Contem pelos dedos, Amigos, pelos dedinhos, vá lá, das duas mãos.
Existem, portanto, os positivos. Mas, quantos? Oxalá fossem muitos; forem… Porque os votos que nesse sentido se costumam fazer são eminentemente farisaicos (anote-se que se trata de expressão calina; contra os fariseus não tenho nada. Ponto). As promessas – falácias. E os apertos de mão: com a direita estendida e a esquerda escondida atrás das costas – e armada.

Antunes Ferreira, triste e desesperançado

Se quiserem fazer mais um favor, comentem esta merda!!! Obrigadinho...