sábado, janeiro 07, 2006

RI-TE, RITA

Olhó passarinho


E há, ainda a estória do motociclista que acelerava a sua Kawasaki pela estrada foram, vrooooooooommmmmmmmm, vrrrrooooooommmmmmmmm, o capacete, apesar de bem apertado quase lhe saltava da cabeça. Descia um nevoeirozinho, uma névoa, pouco mais e os óculos do acelera orlavam-se de pequenas pérolas, do frio ou do suor.

Nisto, um pobre passarinho vem voando um tanto baixo e zazzzzzzzz, é apanhado pelo motociclista. «Que se lixe o passarinho…»… Mas, 687,63 metros mais à frente, a consciência falou mais forte. O nosso homem, fez inversão de marcha, não vinha ninguém, e ei-lo que chega junto ao passarinho caído no asfalto. Apalpa o inocente e descobre que está quente – tanto quanto o ar frígido lho permite – mas, sobretudo que a pequenina máquina cardíaca bate e o peito reflecte o papel dos pulmões.

Pega no passarinho, tadinho, embrulha-o na camurça de limpar a máquina e segue para casa. No caminho, compra uma gaiola bué de fixe. Já em casa, mete o passarinho ainda desmaiado na gaiola, vai buscar um pires de água e, como de alpista, nem pó, desmiola um pouco de pão - «assim o animalito sempre come alguma coisa…»…E vai para a sala ver a TVSport.

Daí a nada, o passarinho entreabre o bico, agita a cabecinha, os olhos descerram-se e põe-se em pé nas patitas. Olha à volta – «mas onde que estou?» E, logo: «Grades? Pão e água?? Porra! Será que eu matei o motociclista???????....»??????

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