quinta-feira, junho 01, 2006



CULTURA&NOVAS

Paul Auster vence «Príncipe das Astúrias»
António Lobo Antunes e Luandino Vieira eram candidatos


O Prémio Príncipe de Astúrias das Letras 2006 foi atribuído a Paul Auster, considerado um dos escritores norte-americanos mais reconhecidos e admirados universalmente. Ao galardão concorreram 27 candidaturas, entre as quais a de António Lobo Antunes e a do angolano Luandino Vieira.

Novelista, poeta e guionista, Paul Auster nasceu em Newark (Nova Jersey, Estados Unidos) em 1947. Depois de completar os estudos na Universidade de Columbia, pela qual se licenciou em Literatura Inglesa e Comparada, viveu três anos em França (1971-1974), onde exerceu os mais diversos ofícios, fez traduções de Mallarmé e Sartre, entre outros, e escreveu poesia e obras teatrais de um acto. Durante esse período passou algumas dificuldades económicas.

Já em Nova Iorque, Auster dedicou-se, de novo, à tradução e começou a publicar críticas, poesias e ensaios em revistas como a "New York Review of Books" e "Harper's Saturday Review". Começou a ser conhecido como escritor com a publicação de "Inventar a solidão" (1982), obra autobiográfica, e, sobretudo, com a "Trilogia de Nova Iorque" (1985-1986). Trabalhou também como guionista em 1993. Da sua mão saíram outras obras como "Timbuktu", "Leviathan", "O livro das ilusões", "A música do acaso", "A noite do oráculo" e, mais recentemente, "As loucuras de Brooklyn", só para citar algumas.

Este foi o quinto dos oito prémios Príncipe de Astúrias concedidos este ano. Os outros foram de Cooperação Internacional (a Bill e Melinda Gates), o de Comunicação e Humanidades (à National Geographic Society), o das Artes (concedido a Pedro Almodóvar) e o da Investigação Científica e Técnica (a Juan Ignacio Cirac). Na próxima semana, será anunciado o prémio das Ciências Sociais, ao passo que os de Desporto e Concórdia serão divulgados em Setembro. Em 2005, o Prémio Príncipe de Astúrias de Letras foi atribuído a Nelida Pinon e, em edições anteriores, a Mario Vargas Llosa e Gunter Grass, entre outros.
(JORNAL DE NOTÍCIAS - 2006-06-01)

1 comentário:

Anónimo disse...

Dr. Ferreira

Acho muito bem que publique de vez em quando textos informativos deste tipo. Sobretudo de temas culturais, como é o presente caso. Só lhe deixo uma advertência: não use e abuse.
Com os melhores cumprimentos