quarta-feira, fevereiro 07, 2007



A 12 e 13 de Abril, no Júlio de Matos

Jornadas de Voluntariado em Saúde Mental

* Um apelo a todos os que queiram participar e/ou colaborar

Vão decorrer nos dias 12 e 13 de Abril, no Hospital Júlio de Matos, as I Jornadas de Voluntariado em Saúde Mental. A Comissão Executiva delas é constituída por Teresa Morgado, Presidente da FAÚMA – que é a Associação dos Amigos e Familiares dos Utentes do referido hospital -, Marina Dinis e Graça Vilar, tem vindo a desenvolver os melhores esforços para as Jornadas se saldem por um êxito.

A Comissão fez recentemente um convite a todos os interessados nestas actividades para participarem/colaborarem nas Jornadas que têm por principal objectivo em vista quebrar o estigma que as doenças mentais representam na nossa sociedade e, simultaneamente, divulgar os objectivos do voluntariado em saúde mental.

A FAÚMA é uma associação sem fins lucrativos criada em 2003, com cerca de 700 voluntários espalhados pelo país: médicos, técnicos de saúde mental e cidadãos. O voluntariado em saúde mental procura pôr as pessoas em contacto com o seu ambiente relacional e comunitário, auxiliando na concretização da sua inserção social. Associa-se aos recursos e ferramentas de reabilitação psico-social, desenvolvendo acções de lazer e ocupação de tempos livres dos doentes, bem como de apoio ao programa para o desenvolvimento de vida autónoma.

Considera a Associação que a presença de todos os que pretendem colaborar/participar não apenas nas Jornadas, mas em todas as acções que constituem o objectivo do voluntariado constitui uma manifestação da vontade em contribuir para mudar a forma como o adoecer mental é ainda encarado nos nossos dias e, desta forma fazer uma maior divulgação e esclarecimento da situação. A terminar o seu apelo, entende a FAÚMA que o apoio público (de cada um dos que se querem tornar voluntários) à realização destas Jornadas representa em si mesmo a vontade expressa de desenvolver um grande movimento de solidariedade social.

A convite da Dr.ª Alice Nobre, uma boa Amiga (e que, tal como já aqui referi, considero que é a minha Santa da Ladeira) eu próprio me constituí voluntário. A minha psiquiatra entendeu que, tendo eu vivido durante cinco anos um pesadelo que se chama depressão ou doença bipolar – de que, graças a ela, estou estabilizado – poderia dar o meu contributo vivido para as Jornadas e, obviamente, à FAÚMA.
Foi com um enorme prazer e muita honra que correspondi ao que a minha Amiga Alice Nobre entendeu endereçar-me. E, na sequência disto mesmo, estive pela primeira vez no Júlio de Matos e conheci a Teresa Morgado. Experiência gratificante, o período em que corri alguns corredores e em que mantive contacto informal com diversos pacientes. Encontro magnífico com a dirigente da Associação e sua alma mater. A imediata empatia que se estabeleceu entre nós é indescritível.
Este texto ficará publicado no meu blog que já conhecem, presumo. Mas dou-vos conhecimento do evento para, depois de reflectirem sobre ele, e querendo-o, naturalmente, participem nesta realização que se antevê muito interessante. Todas as boas vontades e a solidariedade são bem vindas. Vamos todos ajudar. Nas Jornadas e na FAÚMA, dentro do que nos for possível.
Um pedido: dado o interesse do assunto, muito gostaria que dessem conhecimento de tudo o que vos relatei aos vossos Correspondentes e Amigos. A todos, por favor. Para que eles se tornem numa máquina reprodutora de tudo isto através do correspondente envio a outros e mais outros. A net proporciona-nos isso, felizmente.

Com uma divulgação o mais ampla possível e a participação que dela possa resultar, podem crer que estaremos todos a ajudar a «quebrar o estigma que as doenças mentais representam na nossa sociedade e, simultaneamente, divulgar os objectivos do voluntariado em saúde mental». O muito obrigado não custa nada. E a participação ainda menos.
Antunes Ferreira

2 comentários:

Anónimo disse...

Bela ideia. Bela gente. Vou aderir. Depois digo alguma coisa às Senhoras da Comissão e da FAUMA.

Anónimo disse...

Quero ver se posso ir assistir a, pelo menos, umas partes das Jornadas. Creio que todos teremos muito a aprender com elas. Uma prima que tenho no Canadá está internada lá num hospital psiquiátrico. Talvez esta experiência me sirva para lidar com ela melhor.

Infelizmente, não tenho tempo de ser voluntária. Trabalho como uma moura, divorciada, dois filhos a meu cargo, o meu ex nunca me auxiliou. Vida triste, a minha.