
SALTEADO
Só faltavam os ratos!
Antunes Ferreira
Um calino ditado portuga diz que de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento. Quer no domínio da meteorologia, quer no que concerne a bodas transfronteiriças, nada há de concreto e científico que justifique o rifão. É certo que, durante séculos, como vizinhos que somos, andámos quase permanentemente à tapona; mas isso são outros contos.
Porém agora, só nos faltava mais esta: entre 450 e 700 milhões de ratos têm-se dado à destruição de centenas de culturas de nuestros hermanos. É uma verdadeira praga. E há quem diga que o pior está para vir: os roedores tentarão passar para o lado de cá, por, alega-se, já estarem fartos das dietas castelhanas; crê-se, porém, que a razão principal de tal objectivo é a falta de (re)pasto.
De Zamora até Bragança não é assim tão longe. E os espanhóis já alertam que a onda roedora se voltará para Portugal. Tiveram a devida resposta: agora já não entra ninguém aqui, a não ser as multinacionais, a UE e similares. E o Douro é guardião desse impedimento à rataria. No resto – só a convite.

Só nos faltava mais esta; já não bastavam os ventos e, principalmente, os casamentos. Desta feita, os ratos. (Estes, sublinhe-se, não têm nada a ver com os automóveis). Remédios? Os gatos? Fora de razão. Muitos seriam poucos, mesmo com horas extraordinárias. Assim, uma sugestão. Pelo sim, pelo não, ainda que os luso-governantes digam que não há perigo e é só fumaça, talvez não fosse disparate contactar os editores dos irmãos Grimm para que eles mandassem avançar o mais actualizado descendente do flautista de Hamelim. Si non e vero…
1 comentário:
Boa! Isto com uma flautada mesmo «mágica» (mas tem de ser «mágica») resolve-se tudo!... E o Douro dá uma ajuda!
Quanto ao vento... Olhe que o provérbio é verdadeiro! Quando sopra de Espanha, no Verão, é insuportável de calor e, no Inverno, de frio.
Os casamentos... Bom isso aí, tudo depende da «pedalada»!
Enviar um comentário