sábado, setembro 01, 2007




SALTEADO

Só faltavam os ratos!

Antunes Ferreira
Um calino ditado portuga diz que de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento. Quer no domínio da meteorologia, quer no que concerne a bodas transfronteiriças, nada há de concreto e científico que justifique o rifão. É certo que, durante séculos, como vizinhos que somos, andámos quase permanentemente à tapona; mas isso são outros contos.
Porém agora, só nos faltava mais esta: entre 450 e 700 milhões de ratos têm-se dado à destruição de centenas de culturas de nuestros hermanos. É uma verdadeira praga. E há quem diga que o pior está para vir: os roedores tentarão passar para o lado de cá, por, alega-se, já estarem fartos das dietas castelhanas; crê-se, porém, que a razão principal de tal objectivo é a falta de (re)pasto.
De Zamora até Bragança não é assim tão longe. E os espanhóis já alertam que a onda roedora se voltará para Portugal. Tiveram a devida resposta: agora já não entra ninguém aqui, a não ser as multinacionais, a UE e similares. E o Douro é guardião desse impedimento à rataria. No resto – só a convite.

Só nos faltava mais esta; já não bastavam os ventos e, principalmente, os casamentos. Desta feita, os ratos. (Estes, sublinhe-se, não têm nada a ver com os automóveis). Remédios? Os gatos? Fora de razão. Muitos seriam poucos, mesmo com horas extraordinárias. Assim, uma sugestão. Pelo sim, pelo não, ainda que os luso-governantes digam que não há perigo e é só fumaça, talvez não fosse disparate contactar os editores dos irmãos Grimm para que eles mandassem avançar o mais actualizado descendente do flautista de Hamelim.
Si non e vero…

1 comentário:

Luís Alves de Fraga disse...

Boa! Isto com uma flautada mesmo «mágica» (mas tem de ser «mágica») resolve-se tudo!... E o Douro dá uma ajuda!

Quanto ao vento... Olhe que o provérbio é verdadeiro! Quando sopra de Espanha, no Verão, é insuportável de calor e, no Inverno, de frio.
Os casamentos... Bom isso aí, tudo depende da «pedalada»!