sábado, abril 08, 2006

Trocas e baldrocas

Antunes Ferreira
Trocas de galhardetes a sério são as dos futebois. Já foram mais. Mas, agora, são o que são e valem o que valem. Mas há, ainda e também, as outras. Quando dois fulanos começam a escrever bem um do outro – cuidado. E embora se saiba que cão que ladra não morde, dois a fazê-lo (salvo seja) alternadamente são, no mínimo, preocupantes. E há, ainda, a velha questão de se saber se os canídeos sabem do rifão…

Já o escrevi – e o joliva¬_santos@netcabo.pt também assim procedeu. O Muito cá por Casa que o sôr gajo acarinha e publica é um primor. Cuidado com amor, produzido com competência, paginado com arte, o blog é motivo de satisfação para quem o visita e a isso se habitua, como é o meu caso. E ainda que a Margarida (que eu não conheço pessoalmente, mas que deve ser senhora para se pôr num altar, pela paciência e persistência…) se queixe de que o Muito cá por Casa anda muito lá por casa, e o malandro do caro metado se faça de novas, as coisas são o que são - e o que tem de ser tem muita força.

Mas o camaradão-joão, não contente do enorme trabalho que o encanta, pois corre por gosto, donde não se cansa, grafou nas colunas do seu mais que tudo, que pensava que me podia tratar por Antunes Ferreira, só. Pode, homem, claro que pode. E deve, ainda que eu não tenha nada que ver com a vida contabilístico-financeira do citado Santos. Deve, deve.

Eu, mesmo fora deste habitat bloguista, já me permiti - com a sem-vergonha que uso quotidianamente e de que não abuso por mor do IVA a 21%, e a perigosíssima Praça do Comércio é igualzinha ao Terreiro do Paço – tal liberdade. E, note-se, noutros lugares bem menos simpáticos do que os blogs. Melhor: que já foram simpáticos, mas, agora…

Esta é uma troca de galhardetes a que eu corro os taipais já. Por este andar, ainda se transformava numa troca bélica. Numa nova guerra do alecrim e da manjerona? Quem sabe? Nunca fiando, meninas e meninos. Vejam o que acontece com o Saramago e o Lobo Antunes. Sublinho, entretanto, que a comparação, aliás espúria, não aquece nem arrefece. É apenas; está tudo dito.

Por isso aqui fica a minha posição. Sentado, tal como o compadre sulista das anedotas, pois cavar deitado é muito difícil, senão mesmo impossível. Quanto à que o João assuma, estou-me, declarada e realmente nas tintas. Mas, pelo sim pelo não, vou enviar-lhe, através do blog, pstá claro como vinho tinto, uma fechadura de segurança, daquelas que recentemente foram instaladas num organismo que nós conhecemos. Nós – os dois. E outros mais.

Já não se pode confiar em ninguém éoké. No vaso nocturno, digo, no caso soturno que estamos a viver, tranquem-se minhas Senhoras e meus Senhores. Não esperem pela casa roubada. Trancas e portas de aço revestido a cimento armado. Isto se a palavra é uma arma, como o companheiro Santos acentua.

O (Ó, o sacrista do Black Chancelery não tem acentos) Santos, segue aqui um abração e muito huiscacho (quem não saiba o que é, pergunte). Só não segue um queijo por via dos apêndices capilares. Mas, ainda que não tenha o prazer de a conhecer – dadas as inúmeras citações e os repetidos queixumes do ex-pouso parece-me que somos amigos desde o bibe aos códradinhos – o queijo respeitoso e sentido vai para a Margarida. Sentido! À vontade.

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