terça-feira, maio 22, 2007
Campanha pelo direito à vida…
... dos que morrem na Palestina, no Iraque, na América Latina, em África, na maioria dos países asiáticos. Que morrem e morreram vítimas da destruição das suas economias pelo capitalismo galopante, esclavagista e agora globalizante nos seus tentáculos. Pelas crianças que nasceram condenadas à subnutrição, pelas pessoas vítimas dos bombardeamentos e das guerras porque o fabrico e venda de armamento é um negócio para dar dinheiro aos grandes accionistas. Pelas vítimas do desemprego, da negação do direito ao trabalho e à felicidade. Pelas vítimas dos embargos económicos, hoje decretados pelos EUA, ou dos embargos da poderosa indústria farmacêutica. Pelas vítimas das perseguições religiosas pretensamente feitas hoje pelos muçulmanos, outrora tolerantes, e ontem e hoje pelas igrejas cristãs e as guerras em seu nome, incluindo a intolerante e misógena igreja católica apostólica românica, com os seus autos de fé e menosprezo pelas mulheres, durante séculos consideradas seres sem alma. Pelo direito à vida de todos nós, mesmo daqueles que não questionam nem fazem por mudar um sistema de organização da sociedade baseado em princípios egoístas e predadores, conducente à destruição da vida neste planeta, paulatinamente levada a cabo nos seus poucos séculos de existência face aos milhões de anos de existência de vida na Terra.
Porque o direito à vida não é apenas o direito a nascer. É o direito a viver em harmonia com a natureza e com os restantes seres vivos, com dignidade, com saúde, com inteligência, sem subordinação a senhoritos/as e seus capatazes e homens/mulheres de mão, bem ou mal cheirosos e vestidos com maior ou menor elegância, por cima da mentira e da miséria de milhões de seres subjugados e alienados. O direito à vida não é o direito a vegetar!
Victor Nogueira (no seu blogue Kantoximpi.blogspot.com)
NE - O Victor Nogueira é um homem fixe. Temos opiniões políticas diferentes - mas que é isso? Nada nos impede de sermos amigos, trocarmos opiniões e por aí adiante. Vai mandando umas novas que sempre registo com muito agrado. Este texto que hoje aqui publico está inserido, tal como acima digo, no seu blogue o Kantoximpi. Gostei muito dele. Por isso ele aqui está. A.F.
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7 comentários:
Enfim um texto com VERDADEIRAS preocupaçoes. Quando chegarah idade da razao?
Bom artigo. Excelentes interrogações, verdades que doem e a muita gente. Gostaria que o Sr. Victor Nogueira aparecesse por aqui mais vezes.
Caro Amigo Antunes Ferreira,
Ao criar este blog, foi minha intenção, não só escrever, actividade de que gosto particlarmente mas, também, de partilhar com todos quantos queiram, preocupações sociais que constituem verdadeiros flagelos para a Humanidade. Tenho tentado...
Até porque, enquanto cidadã do mundo que aspira a melhores condições de vida, igualdade e fraternidade para todos, penso constituir um dever cívico de todos nós, não só divulgar mas informar e/ou formar, contribuindo assim para uma cada vez mais crescente tomada de consciência para estes problemas.
Por tudo isto, é com muito prazer que aceito o seu desafio.
Ah! não me posso esquecer de lhe dizer que admirei a sua intervenção.
Cumprimentos
Um texto que impressiona muito bem. A Autora é uma Mulher de armas, saberes e miltância solidária. Deve voltar, tem de voltar a este blog. A sua promessa «amarra-a». Espero por si.Um beijo muito grande.
Joana Figueiredo.
Estou intrigado. Victor Nogueira é um nome masculino e era o texto deste que estava a ser comentado! Mas ... tudo bem, uns caem em graça, outros são apenas engraçados. Eu, como dizia o Embuçado do Frei Luís de Sousa, sou ninguém :-)
Senhor Victor
Referia-me e refiro-me ao texto acima da autoria da mariafaia. Gosto muito de homens, mas ainda não os confundo com as mulheres. Mesmo assim, agradeço a sua intervenção que mostra que está atento.
Também gostei do texto que vem por si assinado. Mas, se o confundi (a si), apresento-lhe as minhas desculpas pela confusão que nunca quiz originar. Nem todos os Alentejanos e Alentejanas são assim tão burros. Apareça mais vezes por estas bandas.
Joana Figueiredo
Por acaso voltei aqui hoje e só lhe quero dizer que gosto de Beja e que vivi muitos anos em Évora, conhecendo o Alentejo duma ponta a outro. A referência aos alentejanos é descabida, como as dos galegos, dos saloios, dos parolos e muitas outras. Como diz a Maria Faia, até sou cidadão do mundo. E continua a não haver confusão minha mas sim distração sua. O texto acima é de Victor Nogueira e não de Maria, onde aí sim, deveria comentar o dela.
Sem desejar alimentar polémicas, deixo-lhe um abraço
VN
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