terça-feira, setembro 26, 2006



São Mateus nos valha…

Meninas e Meninos

Tal como estava prometido (e programado) aqui temos a segunda parte da famigerada Feira de São Mateus 2006. A Cláudia Pereira, que nos meteu nesta enorme alhada (ver 13 comentários ao texto anterior que este contempla e dir-me-ão se não tenho razão. TREZE, até à data…) pode começar já a avançar com outro artigo, mais maneirinho, como se advertiu. Se ao mesmo ou a este aqui dado a público se seguirem mais comments, ora então muitos parabéns, jovem viseense. E que São Mateus nos valha… uns à faca, outros à navalha. AF




FEIRA DE SÃO MATEUS 2006 (2)
É impossível meter a Sé
dentro da Igreja Nova

Cláudia Pereira
Tento esgotar o tema da nossa Feira. Se mo permitem, retomo o que anteriormente escrevi, abordando já o tema do espaço ou da falta dele. A procura é mais que muita e a oferta é limitada. Jorge Carvalho recebe solicitações de comerciantes que, pretendendo marcar na presença na feira, lhes vêem o pedido ser declinado por falta de espaço. “Pagando ou não, é impossível meter a Sé dentro da Igreja Nova”. Além disso, a Direcção da Expovis nunca poderia ficar indiferente a solicitações tão especiais, como sendo as da APPACDM e Cáritas, etc…. às quais, gratuitamente, são concedidos espaços para que possam angariar fundos para as suas causas, obviamente entendidas como nobres. Torna-se ridículo, por isso, vir alguém dizer que a Expovis se preocupa em propagandear a venda de espaços.

Fala-se muito da morte do chamado corredor central. O terreno da Feira não estica. Jorge Carvalho é peremptório quando afirma que “o terreno disponível e delineado para a realização da Feira foi-nos entregue tal qual aí está e os metros quadrados não esticam”.

O corredor central teve, portanto, de se deixar cair. Não se fazem omoletas sem ovos. O espaço disponibilizado falou mais alto. “Não é que não tenhamos pena e que também a nós não nos agradasse contentar tudo e todos... mas era humanamente impossível. Como em tudo, na vida, não se pode agradar a Gregos e Troianos e nós tivemos de fazer as opções que, depois de discutidas, nos pareceram as melhores” – frisa Jorge Carvalho. “Só no dia da inauguração registaram-se à volta de 35 mil entradas. Mas é claro que no final do certame se fará o balanço, o mais rigorosamente possível, das entradas pagas e não-pagas”.

A recolha do lixo é, igualmente, motivo para alguma controvérsia. A explicação do Presidente diz que foi aberto um concurso público e ganhou a empresa Higilusa. A recolha dos lixos é efectuada em regime de permanência. Existem contentores em número considerado suficiente e todos os dias, à noite, são recolhidos e esvaziados. Se há queixas – que parece não haver – a Expovis só tem de contactar a empresa responsável.

Todos os dias
é um dia novo

A engrossar o rol de críticas à Feira actual, ouve-se que “não existe preocupação com o fruir dos visitantes”... Vejamos: o Executivo faz sempre um esforço enorme para ir ao encontro dos gostos mais diversos e diversificados, sabendo, de antemão, ser tarefa ciclópica. Ainda assim, concretiza aquilo que considera ser a gestão mais adequada, destacando-se a presença das louças de Barcelos, o artesanato, os carroceis, os carrinhos de choque, as farturas, enfim, tudo o que é importante e fundamental numa feira com este figurino e que se deseja manter popular. Quer dizer: todos os dias é um dia novo - e diferente. Se um dia há quem não goste, temos a certeza de noutro haverá quem goste e o equilíbrio revela-se perfeito.

Em termos da programação, ponto muito apetecido pelos “profetas da desgraça”, Jorge Carvalho reafirma que a mesma é elaborada atendendo aos gostos de um público tão variado como é o da Feira. E o exemplo não tarda: “O Quim Barreiros arrasta multidões. A Feira enche com ele e, tenho de referir que, o Grupo que aí esteve, o Mercado Negro, teve menos seis ou sete mil pessoas. E o curioso é que eu próprio vi muita juventude frente ao palco, alegre, divertida e de braços no ar. Não vi a mesma coisa noutros grupos que já actuaram e, também lhe digo, vou estar atento à actuação dos Boss AC” O que se verificaria já depois desta entrevista

“ Nestas coisas de programação dita erudita, para intelectuais ou pseudo-intelectuais, temos de ter em conta que a Expovis é uma empresa e, embora noutro plano, claro, não pode deixar de ter em atenção a sua saúde financeira. E depois, por amor de Deus, nós temos de dar ao público o que ele quer, quando não estaríamos a fazer uma feira para o próprio umbigo”.

Enquanto eu aqui estiver, a Feira oferecerá aos visitantes aquilo e só aquilo que os visitantes desejarem e demonstrarem que gostam. A Feira – e outra coisa fora disso torná-la-ia inviável – tem de apostar numa programação que agrade e tenha saída e não numa programação que dê prejuízo.

Temos aí o
Viseu, Naturalmente e nós estamos atentos e sabemos o que acontece com os programas eruditos. Ora, eu pergunto: onde estão, nas alturas próprias e nos espectáculos próprios, esses ditos intelectuais? É que aqui na Feira nós vemos e sabemos onde estão as pessoas que gostam dos programas que introduzimos e delineamos. Mas, para terminar este assunto, eu gostaria muito que todos os que têm críticas viessem até aqui falar comigo, porque eu tenho, através dos números, a resposta a todas as dúvidas que possam existir”.

A Feira está aí e os números de um balanço que já se pode adivinhar confirmam que os responsáveis da Expovis, uma vez mais, fizeram das tripas coração para ofertar à cidade, e a quantos de fora a visitam, um certame de coração e com coração.

Ao alto, Jorge Carvalho, o Presidente da Feira

3 comentários:

heresias consentidas disse...

Caríssimo:
Parabéns por se revelar um extraordinário editor de fotografia! aqueles cavalinhos são chiquérrimos!...

A propósito do "estendal" da menina Cláudia, confesso que 'tou de cara à banda: tanto comentário, nem V. Exª nem eu! e olhe que, pelo menos em idade, bem que merecíamos ganhar.
Abraço
hc

Anónimo disse...

E ganham tb em simpatia!
É claro que o meu keridérrimo "ridendo" não tarda nada já vem aí de reclamação em punho!
Aquele homem é uma verdadeira caneta de duas pernas... basta se mexer uns centímetros para escrever uma catrefada de linhas...
E depois, claro está, põe o chefe de redacção em alvoroço...
Ai Herculano, ai Henrique... Deus vos dê muita 'saudinha' para aturarem gente como nós!
Obrigada
bijux

Anónimo disse...

Ah... é só para dizer que já ando a 'chafurdar' noutro assunto, também daqui de Viseu, para abanar aí algumas mentes adormecidas...
Mi aguardem!
Bijux