quarta-feira, setembro 20, 2006




FEIRA DE SÃO MATEUS/2006 (1)

Um certame de coração
e com coração

Cláudia Pereira (Correspondente em Viseu)
Conforme o prometido, eis-me aqui. Então, se me permitem, “vamos lá analisar o caso, de forma calma, sem escárnio e sem mal-dizer... Começo por dizer que a coisa mais fácil e simples deste mundo é chegar à fala com o Presidente da Feira de S. Mateus, Jorge Carvalho. Verifiquei-o por experiência própria. Nunca, ao que constatei, o líder do Executivo da Expovis se recusou a receber fosse quem fosse! É só chegar à secretaria, perguntar por ele, entrar e falar. É claro que para todos aqueles que chafurdam nos pântanos da maledicência anónima, dar a cara e confrontar directamente os responsáveis, conversar com eles e esclarecer dúvidas... bom, esta parte está fora de questão, não é? compreende-se!...

Parece ser infantil atirar pedradas às pessoas e meter de seguida as mãos aos bolsos como se não fosse nada connosco. Infantil, estúpido e perigoso. E depois lembra aquele velho ditado “só se atiram pedras às árvores que dão bons frutos”. Vamos por partes. Tentemos responder às críticas que por aí têm circulado; por alíneas, se possível. A intenção é essa - pelo menos. Assim dê-se a palavra a Jorge Carvalho. Por assuntos - para ser mais compreensível.

Bilhetes caros

Fala-se em termos de comparação de que as entradas na Feira de Março, em Aveiro, custam 1,5 euros (dos quais 37,5% revertem a favor das Corporações de Bombeiros daquela cidade). Todavia, atente-se no sofisma desta afirmação. A Feira de Março cobra-se de 1,5 euros, mas apenas em dias normais. Os críticos não referem – porque lhes não convém ao discurso - que os dias de espectáculo são cobrados a dez euros. E acrescenta Jorge Carvalho, “se nos vierem provar que a cidade está preparada para pagar ingressos no valor de dez euros nós até cá trazemos o Júlio Iglésias para actuar...”

Política de receitas

A direcção da Feira prossegue a política seguinte: Bombeiros Voluntários, Rádio Renascença, Paróquia de São José e Confraria de São Vicente de Paulo – 100 % das receitas, por cada dia. Pergunto: chega para bater os 37,5% da Feira de Março? A política da nossa Feira é, em meu entender, muito mais abrangente e muito mais justa, pois entrega totalmente os dias festivos às referidas Instituições, sendo, por isso mesmo, tudo da responsabilidade delas – bilheteiras, espectáculos, etc... A direcção da Feira não tem nisso qualquer intervenção, permitindo que as Instituições programem e executem os seus “dias” como bem lhes apetecer.

Agradar ao público

Os dirigentes da Feira conseguem, assim, prosseguir os seus objectivos de agradar a um público que é, necessariamente, diverso e diversificado e tem-no conseguido, isso mesmo se percebendo pelo crescente número de visitantes, de ano para ano, contrariamente ao que as más-línguas apregoam. Se fosse minimamente verdade que a Feira estivesse a perder qualidade, a primeira coisa a ressentir-se disso seriam as bilheteiras.

Ora, não é o caso. E a Feira, como qualquer outra empresa, de qualquer género (até se pode invocar as empresas de Comunicação Social para este exemplo), perderia drasticamente o seu mercado de acordo com a perda de qualidade. Perderia expositores e público visitante. Pelo contrário, os números são claros. A Feira nem perde Expositores muito menos Visitantes.


Um novo recorde

I
sto deveria fazer com que os opositores de serviço metessem a viola no saco. Apenas um exemplo. Se uma Televisão for fraca, o público-alvo muda de canal. É assim com tudo e em toda a parte. Quem assim não o entender não possui a mínima noção de nada nesta vida. “Neste momento, alguns dos números a que já tivemos acesso, apontam para um novo recorde de bilheteiras, quer dizer cerca de 200 mil entradas pagas. Ora, isto, por si só, é o melhor elogio a que a gestão da Expovis pode aspirar” – remata Jorge Carvalho.

Os novos sanitários

Não é também verdade que haja falta gritante de equipamentos básicos. A Feira tinha, no ano passado, as suas instalações sanitárias todas juntas, por não existir rede de esgotos. Este ano optou por dividi-las e espalhá-las pelo recinto. São cinco ao todo e estão lá para quem não for cego, nem de olhos, nem de espírito. Construiu-se uma rede de esgotos nova já este ano – não se vê mas existe – e isso permitiu a construção de cinco novos lavabos, a saber: um junto ao palco (16 às 24h), dois na zona comercial (08 à 01h) e outros dois na zona das enguias (08 às 02h). Pretendia-se acrescentar mais um na zona dos carroceis, porque sabemos que daria jeito, mas a rede não o permite.


O caso das bilheteiras

Este ano, também para gente de olhos abertos, foram desenhadas e construídas novas bilheteiras, para anular o efeito caixote que as anteriores tinham. E, já agora, também se fala de aglomerado de feirantes sem ordem aparente. Nada. Existe ordem em tudo o que respeita à Feira... Pode é não ser a ordem que outros lhe dariam, mas isso já é outra história. Estamos aqui como no futebol: treinadores de bancada há-os aos milhares, mas se calhar nenhum joga à bola nem nunca jogou. Ou não sabe nada do desporto-rei. A arquitectura do recinto da Feira está concebida por forma a optimizar os seus espaços e, ainda, de modo a permitir que, em caso de qualquer incidente, se consiga uma adequada e rápida actuação dos meios de socorro, ambulâncias, bombeiros, polícia, etc... (Continua na 2.ª parte)

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NOTA DO EDITOR

A Cláudia esmera-se – mas alonga-se… Daí que o travessadoferreira publique agora esta primeira parte de um trabalho muito interessante – a jovem está cada vez melhor e a cumprir – e depois sairá a segunda. Desde já aviso: não se trata de censura. Muito menos de telenovela. Mas, há que gerir o espaço principalmente de um blogue. Mau: lá vem o velho Chefe da Redacção do DN… E por isso algumas (minúsculas) emendas, algumas (pequenas) correcções. Os vícios maus ficam; os menos maus vão-se. A jovem correspondente terá de aceitar que assim seja... Regras são regras. Mas estou seguro que as aceita.
Por outro lado, aqui renovo o convite à Cláudia. Menina: arranje mais uns colaboradores e/ou correspondentes para esta aventura. E que escrevam – eles ou elas. Noutros locais, pois em Viseu já temos e estamos bem servidos. Mulţumĕsc frumŏs. Passe Vocência a palavra ao Presidente da Feira. Ele que veja o blogue e comente se gostou ou não. Se sim, sim; se não, não. Penso que ter mais comentários de outras gentes também daria mais ânimo ao maluco titular do travessadoferreira.blogspot.com.
AF

10 comentários:

Antunes Ferreira disse...

Desta feita sou eu - Henrique Armando Antunes Ferreira, de 65 anos de terceira idade, casado com Raquel Olívia Alcântara de Melo Ferreira (vai para 43 anos), natural da Freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho e distrito da cidade ulissiponense das sete colinas, portador do BI(VITALICIO) 13697, de 2004/05/21, Com um Número Fiscal de Contribuinte que não exaro, por mor das moscas, colarinho 50 e sapatos 46 - que meto o bedelho.

Ó sôr Portugal a rir: deixe-se de tretas e de complexos freudiano-feministas. A Cláudia Pereira até escreve bem e já afirmou por escrito e assinado, ainda que sem reconhecimento notarial/privado, que não é jornalista. Donde...

Se Vossa Insolência, como diz, escreve bem - demonstre-o: mande umas prosas assinadas cá para o velho e logo se verá, depois de confirmada a sua afirmação. Amigo do peito, amigo do peito, negócios (do despeito?...) à parte.

Finalmente, quanto ao comportamento deste humilde escriba ontem, tenho de afirmar que foi impecável. Podem-no atestar diversas testemunhas presenciais. Mas a sua mais do que torpe insinuação diz bem da vigilância apertado-pidesca que exerce sobre a minha pobre pessoa.

Eu sei lá que é vocemecê? Eu sei lá se mama, i.e., m'ama, eu sei lá se tem um nariz de longo alcance com faro incrustado made in Korea?

Portanto, e para começar: apresente-se sem mascarilha. O Zorro era o único proprietário de tal artefacto a negro e o Banderas que o diga. O Errol Flyn também, mas só o poderia corroborar com a prestimosa ajuda de uma mesa de pé de galo.

Descarados, perdão, mascarados e mesmo mascarilhados há muitos, sobretudo fora do Carnaval. Embuçados igualmente. Mas lá diz o fado «descobriu-se o embuçado; era el rei de Portugal, ouviu-se cantar o fado; e houve beija-mão real». Ou se não é exactamente assim, anda por lá perto.

Amigo enigmático: mostre lá o trombil e mande escritos. Um abração

heresias consentidas disse...

Era El-Rei de Portugal/ Houve beija-mãos real/ E depois cantou-se o fado
- É assim o verso e o meu preclaro não andou lá muito longe da coisa...
Eu cá não me quero meter entre arrufos de "namorados", mas o administrador do "Portugal a Rir" parece querer dizer que o conhece bem: pelo menos trata V. Exª por Henriquinho (que doçura!), sabe que já foi "todo-poderoso" no DN, sabe que fez anos e sabe que não torce o nariz a uma boa e idosa água da Escócia.
Isto só mesmo apelando ao Sherlock Holmes ou à minha amiga do blog SULISTA que tem lá na família muitos investigadores...
:)
Abraço
hc

heresias consentidas disse...

veículo ambiental

A Autarquia viseense, liderada pelo indomável Fernando Ruas, também presidente da Associação de Municípios, não pode ter um discurso que colida com a prática do dia-a-dia.

Soube, há dias, que a Câmara de Águeda adquiriu um "Toyota Prius", veículo híbrido que para além de consumir, apenas, cinco litros aos 100 kms, evidencia uma emissão de gases poluentes na ordem dos 40 por cento a menos.

O edil de Águeda mostrou-se satisfeito com a decisão e classifica o novo automóvel adquirido como "uma joia da tecnologia moderna".

E mais: a Câmara Municipal de Águeda quer transmitir aos seus munícipes um sinal da sua própria política - "adopte comportamentos mais amigos do ambiente".

Perante este exemplo digno de nota, e uma vez que a Câmara de Viseu já deu diversos passos semelhantes - provando que está atenta às questões ambientais - bom seria que o Executivo se debruçasse sobre a urgência de renovar a frota automóvel, desta feita com veículos que traduzem claramente uma significativa contenção de gastos e maiores ganhos ambientais.

P.S. - E para quando os transportes públicos gratuítos para os idosos?

Anónimo disse...

Ó meu queridíssimo "portugal ridendo", deixe-se de ciumeiras! Vá lá! Eu depois dou-lhe um pirolito e deixo-o dar uma voltinha no carrocel do Noddy!
Não se pode queixar muito, olhe que eu ando bem atenta aos maravilhosos testamentos que deixa no heresias consentidas!!!
Sabe que aqui o Sr. AF tem no sangue os bons costumes de excelente chefe de redacção, e nós, meros subalternos, temos que acatar as ordens do chefe mor!
Beijinhos e continue a escrever que nós gostamos de o ler!
Bijux
Cláudia Sofia

Anónimo disse...

Toma que já almossaste, ó Portugal a rir. Tu é que meresses ums boas gragalhadas. Eu mal sei escrevêr, gosto muito de me rir até churar, mas não fasso cenas como as tuas. És uma bêsta! Nem meresses mais nada. Vai-te f......
E a menina Claudia continui a escrever eu acho muito interessante o que nos diz sobre vizeu. Um destes dias vou lá, para conhecer Vizeu e tambem para conhecer a menina Claudia.

Anónimo disse...

Então meus senhores, se não se comportam não levo os meninos a comer um "picolé" nem a andar no carrinho do Noddy!
"Noddy, Noddy... c'um guizo nos cornos a tocar..." ops... não era esta a versão!!!

Beijokinhas

P.S. - O grande Chefe Dr. AF ainda nos dá uma valente reprimenda por comportamentos indevidos!!

Bijux para os dois, e Viseu está pronta para vos receber, faço questão de ser vossa anfitriã

Cláudia Sofia

Anónimo disse...

Para o "ridendo":
O seu segredo está bem guardado comigo...e com os milhões de leitores deste blog! Prometemos não contar nada!
O meu querido esteja descansado que lhe faço um tour com tudo a que tem direito: pirolitos com bolinha de vidro no gargalo, voltinhas no "Hoddy" (se bem que o "Noddy" é mais simpático), levo-o ao cinema a ver o Calimero e a Abelha Maia, e se o menino for muito, mas mesmo muito, bem comportado, arranjo-lhe um autógrafo da Heidi que pode emoldurar e colocar à cabeceira da cama!
Mas se o menino se portar como as criancinhas embirrentas e choramingas, pode ter a certeza que o ponho no meu colinho, mas de rabiosque para o ar...

Bijux meu kerido

P.S- também gosto de si... xiuuu... é segredo!

Antunes Ferreira disse...

Meninas e meninos: organizem-se! O recreio ainda está no jogo do lenço e a seguir é a apanhada, sendo que o ringue vem depois. Já se preparam os andores, vestem-se as opas vermelhas e colam-se os anjinhos às asas; isto quer dizer que a procissão ainda nem sequer está no adro - quanto mais sair.

Enquanto os da banda afinam os saxofones, e o mais magro estica as cordas do bombo, vocemecês trocam mimos como quem troca de camisa. Acalmem-se. Sil us plau.

Não se trata de uma repreensão, muito menos uma interdição, nem sequer um puxão de orelhas. É só um alerta para que se autodisciplinarem e seguirem em frente, pois dez comentários já têm significado. Kitos, como dizem os finlandeses, ou seja muito obrigado - a aturá-los...

Anónimo disse...

Eu avisei que íamos ter reprimenda!
Agora é hora de dizer:
- Sim Chefe! OK Chefe!

Bijux

heresias consentidas disse...

Meus Caros!!!!!!!!
Vocelências nem parecem deste mundo! o que é que importa ser bombo ou tocar nele?! - o que interessa é a festa! e já que o Ex.mº Administrador deste quiosque não tem escrito a ponta d'um corno ultimamente, aplaudo quem aqui tem feito a festa!
Parabéns a todos e um abraço aqui de Viseu.
hc