Confiança aumenta
Antunes Ferreira
Assim, não me safo. Cada vez estou menos isolado. Quem o diria. Então não é que se vão acentuando - piano, piano, se va lontano - os sinais de recuperação?... Que raio: desta vez não sou eu que o escrevo. Apenas transcrevo de entre os textos que a Imprensa dedicou ao assunto, dois que O Primeiro de Janeiro e o Diário Económico hoje publicam. Estes jornais que não são propriamente o que se pode chamar socialistas, nem sequer pró-governamentais. O curioso, penso, é que já façam parte dos conjurados que ontem mesmo apontei neste blog. Alarga-se, assim e cada vez mais, o círculo do complot, do que peço desculpa aos iluminados detentores da verdade do total descalabro em Portugal. Apesar de não ser eu quem tem a culpa.
Antunes Ferreira
Assim, não me safo. Cada vez estou menos isolado. Quem o diria. Então não é que se vão acentuando - piano, piano, se va lontano - os sinais de recuperação?... Que raio: desta vez não sou eu que o escrevo. Apenas transcrevo de entre os textos que a Imprensa dedicou ao assunto, dois que O Primeiro de Janeiro e o Diário Económico hoje publicam. Estes jornais que não são propriamente o que se pode chamar socialistas, nem sequer pró-governamentais. O curioso, penso, é que já façam parte dos conjurados que ontem mesmo apontei neste blog. Alarga-se, assim e cada vez mais, o círculo do complot, do que peço desculpa aos iluminados detentores da verdade do total descalabro em Portugal. Apesar de não ser eu quem tem a culpa.
Mas há mais. Novo texto, nova aposta na melhoria gradual da nossa economia. Desta feita, através de declarações feitas pelo Presidente da API, Basílio Horta que também não me consta que se tenha filiado no PS. No entanto...
Aumenta a confiança dos consumidores e empresas
A confiança dos consumidores portugueses melhorou em Julho, retomando a tendência de recuperação iniciada em Fevereiro, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE). O Inquérito de Conjuntura a Empresas e Consumidores, divulgado ontem, mostra uma subida do indicador de confiança dos consumidores para menos 35,8 pontos, depois de ter sido de menos 36,2 pontos em Junho. Para a melhoria da confiança dos consumidores contribuiu a evolução menos negativa das perspectivas para a situação económica do País e para a capacidade de poupar dinheiro. As expectativas de desemprego subiram e a situação financeira no lar nos próximos meses tornou-se mais negativa, limitando a recuperação do indicador global de confiança dos consumidores.
Empresas
O mesmo inquérito revela que a confiança das empresas portuguesas também melhorou em Julho. O indicador de clima empresarial subiu dos 0,0 pontos em Junho para os 0,2 pontos em Julho, o valor mais elevado desde Outubro de 2004. Para a melhoria do indicador contribuiu o avanço na indústria transformadora e nos serviços, já que nos segmentos da construção e obras públicas e do comércio se assistiu a uma deterioração dos indicadores de confiança. Na indústria, manteve-se a tendência de recuperação, com a confiança a aumentar para um máximo desde Outubro de 2004, ainda que continue a apresentar valores negativos (menos 7,6 pontos). Nos serviços, as perspectivas para os próximos meses subiram e a carteira de encomendas exibiu também melhorias. A queda da confiança no comércio ficou a dever-se à degradação no segmento do retalho.
(O Primeiro de Janeiro - 2006-08-03)
Aumenta a confiança dos consumidores e empresas
A confiança dos consumidores portugueses melhorou em Julho, retomando a tendência de recuperação iniciada em Fevereiro, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE). O Inquérito de Conjuntura a Empresas e Consumidores, divulgado ontem, mostra uma subida do indicador de confiança dos consumidores para menos 35,8 pontos, depois de ter sido de menos 36,2 pontos em Junho. Para a melhoria da confiança dos consumidores contribuiu a evolução menos negativa das perspectivas para a situação económica do País e para a capacidade de poupar dinheiro. As expectativas de desemprego subiram e a situação financeira no lar nos próximos meses tornou-se mais negativa, limitando a recuperação do indicador global de confiança dos consumidores.
Empresas
O mesmo inquérito revela que a confiança das empresas portuguesas também melhorou em Julho. O indicador de clima empresarial subiu dos 0,0 pontos em Junho para os 0,2 pontos em Julho, o valor mais elevado desde Outubro de 2004. Para a melhoria do indicador contribuiu o avanço na indústria transformadora e nos serviços, já que nos segmentos da construção e obras públicas e do comércio se assistiu a uma deterioração dos indicadores de confiança. Na indústria, manteve-se a tendência de recuperação, com a confiança a aumentar para um máximo desde Outubro de 2004, ainda que continue a apresentar valores negativos (menos 7,6 pontos). Nos serviços, as perspectivas para os próximos meses subiram e a carteira de encomendas exibiu também melhorias. A queda da confiança no comércio ficou a dever-se à degradação no segmento do retalho.
(O Primeiro de Janeiro - 2006-08-03)
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Procura externa está a puxar pela economia nacional
Os vários indicadores de conjuntura são unânimes:
a economia portuguesa está a recuperar.
Filipe Alves
A economia portuguesa continua a apresentar sinais de melhoria, com a procura externa a puxar pela recuperação. O indicador de conjuntura do Banco de Portugal (BdP) e a síntese económica do Instituto Nacional de Estatística (INE), bem como o índice de confiança do ISEG apontam no sentido de uma recuperação da economia portuguesa e no aumento da confiança dos agentes económicos.
O índice de confiança do ISEG passou de 47,3 pontos em Junho para 48 pontos em Julho. Este indicador vai de encontro aos dados divulgados pelo banco central e pelo INE, segundo os quais a confiança no futuro da economia melhorou nos últimos meses.
“A evolução do índice ISEG antecipa a trajectória mais positiva da economia portuguesa que se começou a desenhar a partir do final de 2005, e que o primeiro semestre de 2006 veio confirmar“, considera o académico António Mendonça. Para este professor do ISEG, o índice poderá em breve “entrar em terreno positivo”, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 50 pontos.
Para o BdP, a confiança dos consumidores passou de menos 38 pontos em Maio para menos 36 pontos, em Junho. Já o sentimento económico, que é também indicativo das expectativas dos agentes económicos, passou de 89,8 pontos em Maio para 92,8 pontos no mês passado.
Ainda de acordo com o banco central, a actividade económica “continuou a apresentar uma trajectória económica ascendente” durante o mês de Junho. O indicador coincidente do mês passado subiu 0,7% em relação ao período homólogo, a beneficiar do crescimento do consumo privado, que aumentou 1,1% em Junho.
Por sua vez, o INE revelou que o indicador de clima económico - que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, comércio, construção e serviços - melhorou no mês passado.
Segundo o INE, “a força dinamizadora continuou a ser a procura externa”, que reforçou a sua contribuição para o crescimento da economia nacional. Mas o instituto alerta para o fraco dinamismo da procura interna, com um agravamento da evolução do investimento.
De acordo com os dados do INE, o sector da construção apresenta o desempenho mais negativo, com uma queda de 6,1% no trimestre terminado em Maio.
Índice ISEG
O índice de confiança do ISEG apurado em Julho e relativo à evolução da actividade económica portuguesa no curto prazo foi de 48,0, o que traduz um aumento sensível do índice de confiança do Painel na evolução da conjuntura face ao valor do índice apurado no mês de Junho, que foi de 47,3. Aumentou o consenso dos membros do Painel relativamente à evolução económica.
Nota metodológica
O índice de confiança do ISEG sobre a evolução a curto prazo da economia portuguesa, cujo valor pode variar entre 0 (confiança mínima) e 100 (confiança máxima) é atribuído por um painel de dezasseis professores do ISEG com base em informação quantitativa e qualitativa previamente recolhida e que inclui os apuramentos de um inquérito realizado mensalmente a todos os docentes do ISEG.
O valor do índice é obtido por média simples dos valores entre 0 e 100 atribuídos respectivamente por cada um dos membros do Painel. Como indicador de consenso é utilizado o coeficiente de variação dos valores individuais.
(Diário Económico - 2006-08-03)
Filipe Alves
A economia portuguesa continua a apresentar sinais de melhoria, com a procura externa a puxar pela recuperação. O indicador de conjuntura do Banco de Portugal (BdP) e a síntese económica do Instituto Nacional de Estatística (INE), bem como o índice de confiança do ISEG apontam no sentido de uma recuperação da economia portuguesa e no aumento da confiança dos agentes económicos.
O índice de confiança do ISEG passou de 47,3 pontos em Junho para 48 pontos em Julho. Este indicador vai de encontro aos dados divulgados pelo banco central e pelo INE, segundo os quais a confiança no futuro da economia melhorou nos últimos meses.
“A evolução do índice ISEG antecipa a trajectória mais positiva da economia portuguesa que se começou a desenhar a partir do final de 2005, e que o primeiro semestre de 2006 veio confirmar“, considera o académico António Mendonça. Para este professor do ISEG, o índice poderá em breve “entrar em terreno positivo”, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 50 pontos.
Para o BdP, a confiança dos consumidores passou de menos 38 pontos em Maio para menos 36 pontos, em Junho. Já o sentimento económico, que é também indicativo das expectativas dos agentes económicos, passou de 89,8 pontos em Maio para 92,8 pontos no mês passado.
Ainda de acordo com o banco central, a actividade económica “continuou a apresentar uma trajectória económica ascendente” durante o mês de Junho. O indicador coincidente do mês passado subiu 0,7% em relação ao período homólogo, a beneficiar do crescimento do consumo privado, que aumentou 1,1% em Junho.
Por sua vez, o INE revelou que o indicador de clima económico - que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, comércio, construção e serviços - melhorou no mês passado.
Segundo o INE, “a força dinamizadora continuou a ser a procura externa”, que reforçou a sua contribuição para o crescimento da economia nacional. Mas o instituto alerta para o fraco dinamismo da procura interna, com um agravamento da evolução do investimento.
De acordo com os dados do INE, o sector da construção apresenta o desempenho mais negativo, com uma queda de 6,1% no trimestre terminado em Maio.
Índice ISEG
O índice de confiança do ISEG apurado em Julho e relativo à evolução da actividade económica portuguesa no curto prazo foi de 48,0, o que traduz um aumento sensível do índice de confiança do Painel na evolução da conjuntura face ao valor do índice apurado no mês de Junho, que foi de 47,3. Aumentou o consenso dos membros do Painel relativamente à evolução económica.
Nota metodológica
O índice de confiança do ISEG sobre a evolução a curto prazo da economia portuguesa, cujo valor pode variar entre 0 (confiança mínima) e 100 (confiança máxima) é atribuído por um painel de dezasseis professores do ISEG com base em informação quantitativa e qualitativa previamente recolhida e que inclui os apuramentos de um inquérito realizado mensalmente a todos os docentes do ISEG.
O valor do índice é obtido por média simples dos valores entre 0 e 100 atribuídos respectivamente por cada um dos membros do Painel. Como indicador de consenso é utilizado o coeficiente de variação dos valores individuais.
(Diário Económico - 2006-08-03)
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API prevê aumento para os 1,5
a dois mil milhões de euros este ano
Investimento vai subir 84%
O valor contratado de investimento para Portugal subirá este ano para os 1,5 a dois mil milhões de euros. A previsão é da Agência Portuguesa para o Investimento, que afirmou também que o padrão da economia portuguesa está a mudar, com sinais de melhora. A Agência Portuguesa para o Investimento (API) prevê que o valor contratado de investimento para Portugal suba este ano para os 1,5 a dois mil milhões de euros, mais 84,5 por cento que em 2005. Numa conferência organizada pela AESE, o presidente da API, Basílio Horta, disse que está prevista a celebração de 80 contratos de investimento entre a API e investidores estrangeiros este ano, “com grandes possibilidade do valor contrato chegar aos 1,5 a 2,0 mil milhões de euros”.A verificar-se este valor, representa uma subida do investimento contratado pela API de pelo menos 84,5 por cento, face aos 813 milhões de euros registados em 2005.
Este número “está longe de nos satisfazer, mas não nos desanima”, acrescentou Basílio Horta.O presidente da API afirmou ainda que é importante que Portugal consiga colocar as 35 mil empresas francesas de portugueses ou luso-descendentes a ter relações com Portugal e chamou a atenção para o facto de haver actualmente mais empresas portuguesas na Roménia (350) do que na Polónia. A API promove o investimento de projectos virados para a produção de bens transaccionáveis, com investimentos superiores a 25 milhões de euros. Na opinião de Basílio Horta, o padrão da economia portuguesa já está a mudar e há sinais de melhoria na actividade económica, acrescentando que “o processo de mudança do padrão da economia portuguesa está em curso”, reconhecendo, contudo, que é preciso acelerá-lo.
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