domingo, julho 01, 2007



Joaquim Barradas de Carvalho

Um lutador pela Liberdade

«Meu caro Antunes Ferreira,

Por mero acaso, encontrei no teu blogue (que não conhecia) uma referência à minha pessoa. Agradeço a referência, mas sou obrigado a fazer uma correcção: o meu pai foi o Joaquim Barradas de Carvalho, historiador, exilado político em Paris e em São Paulo, e não o Rómulo de Carvalho.
E como andas?
Um grande abraço
Alberto Arons de Carvalho»


Engano lamentável
Hoje mesmo, acabo de receber uma mensagem do meu bom Amigo e camarada (creio que ainda se pode dizer assim… Eu, pelo menos, digo. E tenho a certeza que ele também) Alberto Arons de Carvalho*. Publico-a acima, pois o erro que cometi é lamentável e o esclarecimento do Alberto é mais do que justificado. Como quase sempre, ele tem razão. Não posso, entretanto, deixar de lhe pedir aqui as minhas desculpas por esta falta imperdoável. Não podia confundir as duas pessoas – mas fi-lo. A César o que é de César.

Permito-me fazer notar a forma directa, mas educada e sincera como o Arons se me dirige. Ele não é – como nunca foi nem será – de farroncas ou de arrogâncias. Muito pelo contrário. Podia censurar-me (e com toda a razão, porque não se deve esperar uma falha destas de um amigo de muitos anos) mas, não o fez. Limita-se, apenas, a corrigir o erro. Simplesmente, com objectividade.

Tenho a maior honra e satisfação de aqui exarar que conheci o Alberto Arons de Carvalho nas fileiras do PS, logo a seguir ao 25 de Abril libertador. Ele era, nessa altura, um jovem porreiríssimo e empenhadíssimo, secretário-geral da Juventude Socialista, a JS. Não haja dúvidas: um digno herdeiro de seu Pai, o Professor Joaquim Barradas de Carvalho, um lutador pela Liberdade e pela Democracia. À sua maneira, à maneira do comunista que era, mas de mentalidade aberta e, portanto, vistas largas. E que por isso sofreu nos tempos da ditadura personificada na salazarenta personagem.

Confundi-lo com Rómulo de Carvalho/António Gedeão não lembra ao diabo – mas lembrou-me; a mim!!! Até porque tive o privilégio de ter conhecido o historiador Barradas de Carvalho pessoalmente. Que tendência para a asneira, confesso. Daí esta correcção, este repor da verdade que atropelei incompreensivelmente. Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. E dispenso-me de acentuar que bato no peito, mas devagarinho, porque posso fazer-me doer as duas costelas que in illo tempore a PIDE me partiu.

Um apelo final. Meu caro Alberto: já que descobriste (ainda que por mero acaso) este blogue – não quererás, de quando em vez, colaborar nele? Ficaria eu e ficariam os já bastantes leitores que ele tem, muito satisfeitos. Vá lá, camarada: um pequeno esforço e responderás antecipadamente, tu próprio, à pergunta que me fazes com a Amizade de sempre. Ando bem, ando reformado, escrevo como sempre fiz e tudo isso se sublimará com a tua colaboração. Se te for possível e se o quiseres.

Um abração do

Henrique Antunes Ferreira



* O Alberto Arons de Carvalho é um Homem multifacetado. Licenciado em Direito, já foi Jornalista e membro do Conselho de Imprensa, secretário de Estado para a Comunicação Social e muitas outras ocupações. Autor de várias obras sobre a Comunicação Social, o que já fazia nos tempos da Outra Senhora. Entre os seus diversos livros, tenho uma especial predilecção pelo 2Direito da Comunicação Social", para mim uma referência incontornável. Hoje é deputado por Setúbal à Assembleia da República e professor da Universidade Nova.

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu sempre disse que você é um burro. Confundir alhos com bugalhos só duma cabeça de alho chocho como a sua. Ainda por cima com gente que você diz conhecer. Vá apanhar gambuzinos e deixe-se de choradinhos patetas. Vá-se embora - de vez!

Anónimo disse...

Não te preocupes. Já te insultaram tantas vezes, a esmagadora maioria delas sem razão, que podes comer isso com pão, se quiseres, e ao pequeno almoço.

Um engano só tem quem faz coisas, como é o teu caso. E o Arons De Carvalho foi educadíssimo e teu amigo. Os dois nem parecem do PS do pulha do Sócrates. Estou quase certo de que não são...

Anónimo disse...

Quem faz confusões dessas, concerteza que está no PS por engano ...

Anónima Salina disse...

Caríssima Irene de Alcochete

Permita-me informá-la que a Travessa é um blogue de livre acesso! Só vem a este maravilhoso espaço de convívio e boas prosas quem quer. Definitivamente a Margem Sul não é um deserto mas há lá muito camelo!
AS