UM ANO DEPOIS
Tsunami: último balanço
contabiliza 217 mil mortos
Neste 26 de Dezembro faz um ano que ocorreu no Oceano Índico o maior tsunami desde que há memória e registos. Cerca de 217 mil pessoas morreram ou foram dadas como mortas em consequência do terrível sismo de magnitude 9,3 da escala de Richter, que desencadeou um tsunami nos países costeiros daquela zona. A Lusa que transmitiu estes dados não os confirmou por impossibilidade, aliás compreensiva. São, portanto, indiciários, dramaticamente.
Se fosse possível aferir com exactidão a magnitude do cataclismo dir-se-ia que os deuses, estando loucos, tinham disparado sobre o planeta as suas armas mais mortíferas. Estas sim, armas de destruição maciça, não as inventadas pelo sr. Georges W. Bush. Só na Indonésia, registaram-se mais de 168 mil mortos ou desaparecidos, no Sri Lanka 31 mil e na Índia 16.389 mortos e desaparecidos.
Na Tailândia, país turístico por excelência, o número de mortos confirmados atingiu 5.395, dos quais 2.248 estrangeiros de 37 nacionalidades diferentes, aos quais se juntaram 8.457 feridos e 673 declarados como desaparecidos. Entre os outros países asiáticos atingidos, estão as Maldivas (82 mortos e 26 desaparecidos), a Malásia (68 mortos), a Birmânia (61 mortos) e o Bangladesh (dois mortos). Mas o tsunami atingiu também a África Oriental, com 298 mortos na Somália, dez na Tanzânia e um no Quénia.
No que toca aos reflexos verificados no Ocidente, e nomeadamente na Europa, os dois países com o maior número de vítimas mortais foram a Suécia (543) e a Alemanha (537), seguidos da Finlândia com 167, a Suíça com 91 e a França 90.
Esta contabilidade macabra é, como atrás se diz, aproximada. A catástrofe de dimensões horrendas ficou para a História do Mundo. O facto de a recordarmos agora, quando se completa um ano sobre ela, não é apenas o registo de uma efeméride. É também o reconhecimento do quanto os homens são impotentes - por mais que se tenha evoluído, por mais sofisticada que seja a tecnologia por mais que se tenham desenvolvido os meios de intervenção - para dominar completamente a Natureza. Bem o tentamos, mas… Recordar o malfadado acontecimento é, ainda, a homenagem possível a tantas vítimas.
domingo, dezembro 25, 2005
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