Vazio e solidão
Os muitos Amigos que tenho espalhados pelo Mundo são importantíssimos. Os Árabes parece que foram os inventores do ditado: «Amigos escolhem-se; família não». É claro que dele se abstraem os laços familiares estabelecidos através do casamento: aí há uma escolha. Ou, pelo menos, presume-se que sim… No entanto, por todo o Mundo fora e em milhões e milhões e milhões de casos, as bodas realizam-se por imposição ou escolha de outrem. Como é sabido.
Foi para esses pontos de amarração da simpatia, do carinho, da solidariedade, da nobre Amizade, enfim, que me aventurei a mandar o singelo pedido que consta deste blog. O travessadoferreira.com está virgem de colaborações. Assim, não vale!
Poderá ser que não se ralam mais comigo? Decidiram ignorar-me? Ou, pior, ostracisaram-me? Não sei. O concreto, real, incontornável é o vazio que estiola nestas colunas. Na escola primária do meu tempo, a Mouzinho da Silveira, ali a Palhavã, já lá vai meio século, a primeira professora emérita que tive, a Dona Clélia Marques, sua dona e directora explicou-nos, aos putos que éramos, que o vazio era a ausência de tudo.
Agora, que já vou caminhando mais ou menos aceleradamente para o forno crematório, descubro que pior do que o vazio só a solidão. Mau. A solidão no vazio é impossível. Mas, existe.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
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