TU CÁ, TU LÁ O meu cunhado Armando, de apelido Fernandes, dá-me, as mais das vezes, alegrias e das grandes. É um sujeito bem apanhado, o dito cujo. Sediado no Québec, mais precisamente em Chateauguay, e já há uns bons anos, continua intrinsecamente português. Dêem-lhe as voltas que pretendam dar-lhe – e que ele permita, pois é homem de convicções e força – e lá volta ele ao leit motif que lhe é o mais caro: as cores verde-rubras, com tudo o que daí advém. Um jovem com 66 anos (ou…, diz tu ó mano), verdadeiro sábio informático, é companheiro de largas lides e de longo tempo. Tenhamos as diferenças que tivermos, sempre nos entendemos – e perfeitamente. Aliás, como diz o Chico Fininho, é muito mais aquilo que nos une do que o que nos separa. Isto, apesar dos quilómetros atlânticos que se resolvem num fósforo, a jacto. Se eu quisesse dar exemplos disso mesmo, não me chegariam os dedos das mãos, dos pés, os do macaco ascendente, inclusive os do nosso primeiro quase matricida de Guimarães. Deixem-me que abra aqui uma parentética que creio oportuna. Não fora essa ideia peregrina de bater na mãe, a Dona Tareja, e provavelmente ainda prestaríamos os nossos respeitos a Don Manuel Fraga Iribarne. Donde, há que reconhecê-lo, este rectângulo à beira-mar plantado teve uma inauguração bem pouco edificante. Diria até: pior só um espectáculo de wrestling televisado. Opinião sujeita a contestação. Pois, desta feita, o moço Fernandes (que é um exemplo exemplar de colaboração neste travessadoferreira.blogspot.com) comentou e bem o artigo do «Almirante» Marcelino, o González, galego dos sete costados, meio irmão - que deveria sê-lo em full time. Outra opinião sujeita a contestação. Interpolo uma nova ideia: cada vez me convenço mais de que quem deveria ter sido defenestrado era o João Pinto Ribeiro. E aplaudido o pobre do Miguel de Vasconcelos. Endeusado, mesmo. Entre Fernandes e González ou vice-versa há um traço de união: o mar. Além disso, ambos se dão ao luxo de saber o que é a Barra da Figueira, naturalmente da Foz. Faróis, pescadores, camisas aos códradinhos, coisas dessas que fazem os homens conviver, comungando. E não se trata aqui de hóstias ou paramentos eclesiásticos. Refiro-me à comunhão fraterna, feita de cumplicidades e afectos, de trocas de ideias e de pensamentos, de livre alvedrio e, mesmo, de felicidade. Por isso que me desculpem do choradinho: ó Armando primeiro, recebe mais um abração do Armando segundo. «Só nós dois é que sabemos»? Se calhar, não. Mas, «quanto nos queremos bem» é, alem de profundamente verdadeiro, o reconhecimento do que tens dado ao travessadoferreira.blogspot.com. Antunes Ferreira |
quarta-feira, janeiro 18, 2006
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